A Importância de se Autoconhecer

28/11/2013 12:22

        Angústia, depressão, medo, intolerância, preocupação, ansiedade e por aí vai a lista de sentimentos que cercam a vida de muitas pessoas. Pode ser que você não sinta nem metade dessas emoções, mas ao menos uma delas já deve ter sentido nem que por um curto espaço de tempo - e agradeça caso tenha sido por um breve período - afinal hoje em dia as pessoas têm sofrido muito com as doenças da alma.

        Por que será que tem aumentado tanto o número de pessoas com transtornos deste tipo? Poderíamos enumerar diversas situações como a exigência do mundo em função do ‘ter’, a falta de tempo para o lazer, o pouco contato com amigos para dar umas risadas ou até desabafar, o fazer de inúmeras tarefas constantemente, e assim por diante... Com isso, cada vez menos as pessoas têm conseguido olhar para si mesmas, perceber o que realmente as deixa a ponto de explodir ou até o que podem fazer para não chegar nesse estado.

        É aí que entra a importância do autoconhecimento, porém para muitos é difícil fazer essa autoanálise e auto-observação sem um auxílio externo. Nestes casos, faz-se necessário e importante a figura do psicólogo, podendo através de sua escuta atenta e de sua análise, auxiliar aquele que necessita de ajuda. Mas por que ainda hoje algumas pessoas relutam em procurar o apoio de um psicoterapeuta? É difícil responder a esta pergunta, mas o que ainda escuto de algumas poucas pessoas é que psicólogo é ‘coisa pra doido’... puro preconceito e desconhecimento, ou então ‘pra que vou ficar falando da minha vida para outra pessoa?’, nesse caso digo que há dois benefícios, primeiro que ao falar sobre o que o incomoda, grande parte dessa tensão já se libera, não precisando desta maneira ir para o corpo e criar uma doença, que é o que acontece quando não cuidamos do que está na nossa mente; e segundo, que além do alívio que a psicoterapia proporciona, pode-se “pegar o mal pela raiz”, ou seja, através da análise, paciente e terapeuta podem identificar o motivo daquela dor emocional e trabalhar para que isso não se torne uma recorrência, voltando mais tarde, como uma doença mal curada.

        Lidar com o Ser Humano é rico e encantador. Se todos nós procurássemos conhecer cada parte nossa que ainda desconhecemos, assim como cuidar das nossas feridas emocionais, ao invés de colocar uma pedra em cima e não querer nem olhar para aquilo, muita coisa seria melhor na vida de cada um, seja a nível individual (eu de bem comigo mesma) ou coletivo (o meu bem estar gera um bem para o outro).

Valéria Barbosa Marques